Milhares de pessoas protestaram contra o presidente da Argentina na marcha pelas vítimas da ditadura 6v59d

Publicado em 25 de Março de 2025 às 18h43. Atualizado em 25 de Março de 2025 às 18h44

Milhares de argentinas e argentinos marcharam nessa segunda-feira (24) no país para marcar o aniversário do golpe de Estado de 1976, que instaurou a última ditadura empresarial-militar (1976-1983) na Argentina. O ato principal ocorreu na histórica Praça de Maio, na capital Buenos Aires, onde uma multidão lotou as ruas em uma das maiores manifestações dos últimos anos. 5d6g6b

A adesão superou a do ano ado, tornando este o maior 24 de março sob o governo de Javier Milei. Desde a manhã, organizações sociais, sindicais e comunitárias promoveram atividades em diversas cidades argentinas para reafirmar a luta por memória, verdade e justiça. 

Foto: Mídia Ninja

Sob o lema “30 mil companheiros desaparecidos, presentes!”, as e os manifestantes uniram a luta histórica pela punição aos crimes da ditadura a uma forte rejeição às medidas do governo atual. Elas e eles carregaram cartazes com fotos em preto e branco das e dos desaparecidos políticos, enquanto entoavam palavras de ordem contra a ditadura e as políticas do governo atual. “Milei, lixo, você é a ditadura” foi um dos cantos mais entoados ao longo do dia.

Mães da Praça de Maio
As Mães da Praça de Maio foram as primeiras a chegar com seus lenços bordados com os nomes das filhas e dos filhos desaparecidos. Em meio à multidão, caminharam de mãos dadas e receberam apoio das e dos manifestantes, que entoaram: “Mães da Praça, o povo as abraça!”.

“Não podemos esquecer. Viemos todos os anos para manter viva a memória dos nossos companheiros”, disse Daniel Ghigliazza, 78 anos, segurando a foto de um parente desaparecido. Como faz todos os anos, Ghigliazza foi à praça com a esposa e os netos, que hoje fazem parte do centro estudantil da escola deles. Acredita-se que mais de 30 mil pessoas foram mortas durante o último regime ditatorial no país vizinho.  

No meio da tarde, teve início o ato central no palco montado atrás da Casa Rosada, sede do governo argentino. Na frente da multidão, Estela de Carlotto, presidente das Avós da Praça de Maio; Taty Almeida e Elia Espen, da Linha Fundadora das Mães da Praça de Maio; e Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, leram o documento de consenso que reafirma a luta por justiça e direitos.

O texto também exige o fim das demissões nos setores público e privado e clama por justiça para Pablo Grillo, fotógrafo gravemente ferido pela repressão policial durante a marcha das aposentadas e dos aposentados no dia 12 de março.

Horas antes da mobilização, o governo argentino divulgou um vídeo oficial que classificava a ditadura como uma medida “necessária” em um contexto de guerra. O material negava o caráter sistemático da repressão e do extermínio de militantes, trabalhadoras e trabalhadores organizados.

Aposentadas e aposentados
As aposentadas e os aposentados do país têm sofrido com os cortes nas aposentadorias promovidos por Javier Milei e a repressão policial nas manifestações anteriores.

No dia 12 de março, a polícia argentina reprimiu brutalmente uma marcha que reuniu aposentadas, aposentados, organizações de trabalhadoras, trabalhadores e torcidas organizadas de diversos times do país. O protesto ocorreu nos arredores do Congresso argentino, em Buenos Aires.

Segundo a Telesur, a polícia atacou idosas e idosos, com bombas de gás e balas de borracha. A repressão se estendeu até a Praça de Maio, símbolo histórico da resistência contra a ditadura, onde fica a Casa Rosada. O clima de tensão social na Argentina segue crescendo, com setores organizados reforçando mobilizações contra as políticas do governo Milei.

Fonte: Brasil de Fato, com edição e acréscimos de informações do ANDES-SN

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