A diretoria do ANDES-SN manifestou, em nota, grande pesar pelo falecimento da professora de Língua Portuguesa da rede estadual do Paraná, Silvaneide Monteiro Andrade. Na última sexta-feira (30), a professora, com apenas 56 anos, morreu após um infarto fulminante no interior do Colégio Estadual Cívico-Militar Jayme Canet, em Curitiba, capital do estado. 6q605c
A morte da professora, segundo relatos de colegas da instituição de ensino, ocorreu enquanto a docente estava sendo cobrada, pela coordenação e pelo Núcleo Regional de Educação, pelos índices de o à plataforma online da Secretaria de Educação do estado (Seed) e por não atender às metas da plataforma de redação.
“A professora Silvaneide morreu em uma escola militarizada, morreu porque a educação foi plataformizada, morreu porque não atendeu metas. Sua morte foi produto da realização do projeto do capital para a educação e é uma demonstração de que os regimes de metas, a plataformização e a militarização de escolas representam graves ataques às condições de trabalho de professoras e professores em todo o país”, lamenta a diretoria do Sindicato Nacional.
A entidade acrescenta que o adoecimento de trabalhadoras e trabalhadores da educação por sobrecarga de trabalho é resultado direto da política de precarização e plataformização da educação defendida pelo governo de Ratinho Jr. “Neste sentido, além de manifestar seu profundo pesar pela morte da professora Silvaneide, o ANDES-SN repudia as políticas implementadas pelo governo de Ratinho Júnior por ter criado as condições materiais que produziram a morte de uma professora”, afirma a nota.
Semana de Plataforma Zero
A APP-Sindicato, que representa a categoria no Paraná, convocou uma greve de plataformas, entre os dias 2 e 6 de junho, como forma de protesto contra as condições de trabalho e as metas absurdas impostas pela Seed. Foram também convocados atos em memória da professora Silvaneide Monteiro Andrade, vítima deste modelo de educação.
No dia 7 de junho, professoras e professores se reunirão em assembleia presencial, em Curitiba, para avaliar os próximos os da luta e a realização de um dia de paralisação.
“O ANDES-SN apoia incondicionalmente toda luta em defesa de melhores condições de trabalho no Paraná e que se revertam os processos de plataformização, precarização e militarização da educação no estado”, ressalta o Sindicato Nacional.
e aqui a nota.
Foto: Arquivo / APP Sindicato