O ANDES-SN repudia veementemente o uso da violência policial por parte da Polícia Militar e da CDHU, sob responsabilidade do governo do Estado de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem tratado o direito à moradia como caso de polícia, recorrendo à repressão ostensiva. Em um contexto complexo, que envolve responsabilidades dos governos estadual e federal — e marcado pela falta de avanço em soluções efetivas —, a população da Favela do Moinho, localizada na região central da cidade de São Paulo, tem sido alvo de bloqueios de o às suas casas, ações violentas da polícia e demolições arbitrárias de suas moradias. Essas famílias lutam por um direito básico: à moradia digna para viver. 5o2vo
Por um lado, o governador descumpriu o acordo firmado com a União para que a desocupação do terreno ocorresse de forma pacífica e negociada. Agora, atua em duas frentes: de um lado, apresenta propostas de cartas de crédito injustas — no valor inicial de R$ 250 mil, a serem complementadas pelas próprias famílias — e oferece apartamentos pequenos, de apenas 40 m², com financiamento de 30 anos, o que levará ao endividamento e ao comprometimento das condições de vida digna das(os) moradoras(es). De outro lado, promove repressão policial ostensiva durante o processo de desocupação, com o objetivo de viabilizar a construção de um parque e de uma estação ferroviária, sem qualquer forma de negociação ou mediação baseada no diálogo com a comunidade afetada.
Reafirmamos que o direito à moradia, neste país, não pode ser tratado como caso de polícia, mas deve ser conduzido com respeito, diálogo e o tempo necessário para a construção de alternativas que conciliem o interesse público com os direitos sociais.
Nesse sentido, o ANDES-SN reitera seu repúdio a qualquer forma de violência policial e à truculência dos governos — em especial do governo Tarcísio, que não apenas desrespeita a população e os direitos de cidadania, como também afronta os direitos humanos, ao contrapor, de forma repressiva, os interesses sociais aos interesses do capital.
Brasília (DF), 14 de maio de 2025.
Diretoria do ANDES - Sindicato Nacional